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 Lotus Europa "O esportivo do gênio"

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Luís Martins
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MensagemAssunto: Lotus Europa "O esportivo do gênio"   Lotus Europa "O esportivo do gênio" EmptyQui Fev 11, 2010 9:53 pm

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Em 1947, dois jovens engenheiros construíam na Grã-Bretanha um esportivo a partir do Austin Seven. O carro até hoje é um mito... Eram eles Colin Dare e Anthony Colin Bruce Chapman. Cinco anos depois, fundaram a Lotus Cars Ltd. e não pararam de se destacar nas pistas da Europa, para ganhar o mundo depois.
Chapman, antes de mais nada, era um gênio, destacável em suas soluções no ramo automobilístico, usando técnicas audaciosas. Até sua morte não parou de inovar, seja em seus Fórmula 1, seja nos esportivos de rua. A Lotus até hoje é referência no mundo do automóvel. Lá são preparados motores para vários fabricantes.
A especialidade da empresa eram automóveis com motor traseiro ou central, chassi em aço e em forma de Y, com muita rigidez e eficácia. O genial engenheiro e construtor Chapman queria construir um esportivo barato, pequeno, bonito e rápido -- não queria sofisticação, mas eficiência. Nascia assim, em 1965, o Lotus Europa S1. Para duas pessoas, o pequeno esportivo media quatro metros de comprimento, era extremamente baixo (1,09 m) e aerodinâmico, com um coeficiente de 0,29, excepcional para a época.
A carroceria, em plástico reforçado com fibra de vidro, seguia um estilo único, bastante particular: faróis redondos nas extremidades dos pára-lamas e, abaixo do esguio pára-choque, a grade em forma de boca de tubarão. Sobre o capô e no centro do volante, o logotipo redondo com um triângulo inserido, com o fundo na famosa cor verde-britânico e o emblema da pequena empresa.

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De perfil era mais interessante. Via-se parte do pára-brisa e o vidro da porta, que nas primeiras versões não se abria. Parecia um pequeno picape esportivo, pelas altas abas que encobriam a tampa traseira quando visto desse ângulo. O pára-brisa era muito inclinado e um só limpador dava conta do recado; a visibilidade para trás era muito restrita. O pequeno vidro logo atrás dos bancos não tinha mais de 15 cm de altura e ficava em posição vertical, como num picape.
Atrás, o grande capô dava acesso ao porta-malas e na outra metade ao motor. Este vinha do Renault 16, com 1.470 cm3, taxa de compressão alta, um carburador Solex e potência de 78 cv a 6.000 rpm. Não era muito, só que o Europa pesava 685 kg (!), e o sedã R16 de dois volumes, pouco mais que uma tonelada. Com isso, o Lotus acelerava de 0 a 100 km/h em 9,4 s e atingia velocidade máxima de 195 km/h, segundo testes realizados na época. Sua estabilidade era impecável apesar dos estreitos pneus 155 HR 13.
Por dentro o Europa era apertado. Próximo ao volante de três raios estava a alavanca de câmbio -- de quatro marchas, também da marca francesa --, por causa do console. A posição de dirigir era típica de um carro de corridas, baixa e com todos os comandos à mão. Bem em frente ao volante estavam o velocímetro e o conta-giros. Os outros instrumentos, tais como marcador de pressão de óleo, amperímetro, nível do tanque e temperatura estavam mais ao centro do painel, que podia vir com acabamento imitando madeira. O lugar para o rádio/toca-fitas estava abaixo destes e não havia tampa de porta-luvas, somente a abertura. Desta primeira série foram construídos 300 exemplares.
Em abril de 1968 surgia a primeira evolução, chamada de S2 ou tipo 54. O motor agora era do Renault 16 TX, mais sofisticado, todo em alumínio, com 1.560 cm3, taxa de compressão de 10,3:1, duplo comando de válvulas e pistões do R8 Gordini, mais bravo. Com um carburador duplo Weber 40DCOE, alcançava 135 cv. A velocidade final passava a ser de 205 km/h. Os vidros já não eram mais fixos e ganhavam controle elétrico.

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Em 1971 o motor Renault dava lugar ao Lotus/Ford Twim Cam, que já equipava o irmão Lotus Elan e também o Escort esportivo. Semelhante em configuração ao anterior, tinha 1,6 litro, duplo comando de válvulas, dois carburadores horizontais e 105 cv a 6.000 rpm. Na parte externa, poucas mudanças: a visibilidade estava melhor, pois perdia-se parte das abas laterais traseiras, e havia novas rodas de alumínio e luzes de direção.
O modelo de competição se enquadrava na categoria Carros Esporte Grupo 6. Enfrentava com galhardia carros como o Alfa T33, Matra 630, Porsche 908 e 911. Seu motor de 2,0 litros alimentado por injeção atingia a potência de 240 cv a 8.000 rpm; o câmbio era ZF de cinco marchas e a velocidade final beirava os 250 km/h. Por fora tinha quatro faróis, pára-lamas mais largos, defletores laterais e aerofólios.
Ganhou a corrida internacional para carros até 2,0 litros no famoso autódromo de Brands Hatch, em setembro de 1970. Obteve várias vitórias nesta categoria nas provas na Inglaterra. O patrocinador era o mesmo dos carros de Fórmula 1, como o Lotus 49B que foi pilotado por Graham Hill e Jochem Rind. A produção do Europa se encerrou em 1975, depois de 9.200 unidades.
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